Maurício de Bortoli, produtor da cidade de Cruz Alta (RS), foi o campeão da 11ª edição do Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja. Ele atingiu a média de 123,88 sacas de soja por hectare na safra 2018/2019, o que representa mais do que o dobro da média nacional – 53,4 sc/ha na safra 2018/2019, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O anúncio foi feito durante a realização do Fórum Nacional de Máxima Produtividade, organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) em parceria com a Cocamar – Cooperativa Agroindustrial e a Sociedade Rural do Paraná (SRP).
O CESB revela, desde 2008, os resultados alcançados pelos produtores brasileiros de soja, demonstrando que é possível aumentar a produtividade, sem aumentar a área. Para isso, basta seguir os preceitos de sustentabilidade e rentabilidade. “Esse índice alcançado pelo campeão do desafio é uma amostra do potencial que a produção brasileira de soja possui, o que vem fazendo com que o país cresça no setor e se firme como um dos principais fornecedores de soja do mundo”, reforça o presidente do CESB, Leonardo Sologuren.
Esse foi o primeiro ano da história do concurso do comitê que o grande campeão nacional veio de plantio em uma área irrigada. Para obter alta produtividade, Bortoli revela que investiu no manejo agronômico, com a escolha de uma cultivar com características genéticas e fisiológicas compatíveis com o solo e com o clima do local onde fez o plantio. “Como sou produtor de sementes, tive um cuidado e atenção no controle de pragas e doenças que pudessem impactar em redução da produtividade e da qualidade do produto final”, afirma o sojicultor.
O produtor gaúcho relata que enfrentou dificuldades com o clima, com chuvas fortes entre outubro e novembro de 2018, o que causou prejuízos ao solo e atraso na semeadura. Logo depois, veio a falta de chuvas em dezembro e em fevereiro, com a estiagem chegando a 23 dias.
